Era uma vez...
Era uma vez...

Na crista da onda

Na crista da onda
O dia acordou luminoso.
Quando saí de casa senti os olhos com dificuldade em manter-se abertos.
A Luz empurrava-os para baixo.
Desci a avenida a sentir o balancear das árvores.
Delas vinha a brisa maravilhosa das manhãs quentes de verão.
O aroma a algas aproximava-se a passos largos.
Assim que o avistei, acompanhei um voo picado de várias gaivotas.
Por entre aquela maravilha, ouço passos pausados atrás de mim.
Antes mesmo que consiga virar-me, sinto umas mãos salgadas a tocar-me a face.
Pouco depois, encontro um olhar alegre e um leve piscar de olho.
Aquele voo marítimo trouxe-o até mim.