Sopro Divino
Sopro Divino

Quem sabe?

Conecta-te com o teu coração!”
Ouço-o várias vezes!
Como assim?
Sou triplo caranguejo.
Por isso, sou água, sou Lua, sou emoções.
A triplicar!
Como assim? Conectar-me com o meu coração?
O que querem dizer com isso?
Por vezes tenho que me forçar a ser racional para não me sentir desalinhada pelas minhas emoções.
Será?
Serão as nossas emoções que nos desalinham?
Sempre acreditei que temos que controlar as nossas emoções para…
Para quê exactamente?
Não faço ideia!
Anos atrás de anos, década a seguir a década, a controlar as minhas emoções
E para quê? Porquê?
Se olhar para trás, para tudo o que vivi, para tudo o que escrevi
O que vivi sempre arrependida por não ter dito ou feito algo que seria mais adequado
O que escrevi sempre escrutinado por uma mente censuradora que eliminava tudo o que pudesse ser criticado ou que pudesse passar uma ideia errada de mim.
Enfim…
Porquê controlar as minhas emoções?
Medo!
Medo de ser criticada.
Medo de ser magoada.
Medo de ser quem sou!
Como disse antes, sou triplo caranguejo.
Sou triplamente água, Lua e emoções.
Vivo a sentir…
A sentir tudo o que me rodeia.
Desde sempre senti o que os outros sentiam.
E dessa forma, sentia mais do que compreendia.
É assustador!
Por isso, controlei o que sentia, mantendo tudo dentro, bem lá no fundo, de mim mesma.
Será por isso tão difícil conectar-me ao meu coração?
Depois de décadas a bloquear as minhas emoções, substituindo-as pela minha mente, é complicado reverter a situação.
E por isso, resta-me esta questão: como posso conectar-me com o meu coração, se não consigo sequer ouvir as minhas emoções?
E será que as minhas emoções são assim tão diferentes das dos que me rodeiam?
Serão todas iguais mesmo sendo diferentes?
Talvez esse seja o truque!
Deixar de as ver como minhas e começar a vê-las como universais!
Quem sabe?