Para ti, escrevo!
Para ti, escrevo!

Enigma

Procuro manter-me à tona!
Luto com todas as minhas forças.
Cada grão de areia pesa toneladas.
As forças são cada vez menos.
Não consigo lutar mais.
Sinto-me tão cansada.
Estou a desligar!
Sinto-me a afundar nestas areias ardentes!
Quase coberta da cabeça aos pés, relaxo e desisto de resistir-lhe.
Sou envolvida num lençol arenoso aquecido por uma Luz dourada distante.
Não sei o que se passa!
Percebes?
O quê?
Pensei ser o fim…
Sugava-me para dentro.
E, na verdade, ganhei vida naquele abraço de toque estranho e caloroso.
Ainda hoje não sei o que aconteceu.
Não sei!
O que seria aquele enigma?