Grata!
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Influências e líderes

Hoje em dia fala-se muito da importância de um bom líder, da influência positiva ou negativa que têm aqueles que estão numa posição de liderança. Por isso, lembrei-me de recordar dois exemplos de líderes que tiveram impacto na minha vida, por motivos diferentes.
Recordo-me que a minha paixão pela escrita de ficção foi desvendada por sugestão de uma líder natural, a minha guia espiritual, que me ajudou a iniciar o meu processo de auto-conhecimento lá atrás, em 2003.
A escrita de ficção tornou-se na forma de me descobrir e de aprender com os meus erros e preconceitos. Amo escrever, sinto mesmo que faz parte de mim. Mesmo assim, tomei Consciência dela através de algo que poderia ter visto como uma crítica difícil de aceitar. A minha guia espiritual aconselhou-me a transcrever para o papel tudo o que a minha Imaginação trazia até mim, pois ela percebeu que eu vivia na minha Imaginação em vez de viver o dia-a-dia com os outros.
Naquele momento, houve algo que me impediu de desprezar aquela sugestão; afinal, poderia tê-la encarado como um insulto ou uma tentativa de deitar a baixo. E foi exactamente o contrário que aconteceu. Aceitei a sugestão com curiosidade e Alegria. Isso aconteceu por causa da maneira como ela falou – e ainda fala – comigo, pois sempre demonstrou que aprecia quem eu sou, aceita-me como sou, com as minhas qualidades e os meus defeitos, para além de sentir que todas as sugestões que fez foram a pensar no meu Bem-estar, para me motivar a ser melhor a cada dia, a continuar a busca de mim mesma e continuar a trabalhar para cumprir a Missão que escolhi quando vim a este mundo.
Mais recentemente, trabalhei num colégio liderado por duas pessoas (o director pedagógico e a directora administrativa) que me deram a conhecer o outro lado de uma liderança. Liderar é para estes mandar, ordenar, subjugar, desconsiderar aqueles que permitem que a sua gestão tenha frutos. Penso que a palavra desconsiderar é a palavra que melhor define este tipo de “liderança”.
Confesso que tive mais contacto com a directora administrativa, se bem que deu para perceber que o estilo de liderança era institucional. Estilo esse que não tinha em consideração o potencial de cada colaborador, nem mesmo os direitos que um trabalhador tem numa sociedade democrática.
Quando iniciei as funções, dediquei-me a 100%, pois entendi que era Responsabilidade minha contribuir para a Evolução das crianças e adolescentes com quem tinha contacto. A verdade é que o conflito provocado por uma “liderança” focada no ganho fácil e na desvalorização do esforço dos colaboradores começou a provocar desmotivação, cansaço e disponibilidade nula para ir para o trabalho. Tudo junto provocou alergias ao local de trabalho, que se manifestavam em constipações, gripes e crises alérgicas que prejudicavam o meu desempenho.
Todavia, a determinação que me é tão característica levou-me a estimular a mudança no local de trabalho, através de pequenas mudanças no meu dia-a-dia que minimizasse a influência negativa daquela liderança. Qualquer mudança proposta ou implementada não foi aceite pela liderança, sendo em muitas vezes agravadas as situações que exigiam algumas mudanças.
De que forma podemos nós conviver com uma liderança que nos inspira? Permitir-nos a aprender e a crescer com ela. E uma liderança que nos desmotiva e cansa? Será possível conviver com este tipo de liderança? Acredito que todos nós, em alguma fase da nossa vida, convivemos com este tipo de liderança, ou por necessidade ou por distracção ou, mesmo, por desconhecimento. A verdade é que é desgastante trabalhar num ambiente organizacional doente como este tipo de liderança provoca, por isso há que (1) distinguir os vários tipos de liderança; (2) tomar Consciência da nossa função dentro dela; (3) procurar implementar pequenas mudanças que possam facilitar a convivência com este tipo de liderança; e, caso não seja possível implementá-las, há que estar atento às oportunidades que surgem e ter a Coragem para agarrar uma dessas oportunidades. Digo Coragem, porque, grande parte das vezes, o que nos impede de sair de um ambiente assim é o medo de transformar a nossa vida – o medo de fracassar.
O curioso é que nos esquecemos tantas vezes que o fracasso abre Caminho ao sucesso. Por isso, acredita que as oportunidades são portas para aceder ao melhor que a vida tem para te dar. E força para dares pequenos passos que te permitam estar cada vez mais perto do que te propões a atingir. E, principalmente, mantém-te centrado e focado no que pretendes para ti, de forma a não seres influenciado pelos conflitos, falta de Confiança e desequilíbrio emocional, características de uma liderança que desmotiva e cansa.
Faz o teu Caminho e rodeia-te de experiências e pessoas que te enriqueçam e te inspirem a reconhecer o teu próprio valor e a ser feliz!
O mundo precisa de ti no teu melhor!