Para ti, escrevo!
Para ti, escrevo!

E será que sou apenas o ego?

Amo-te!
Sinto-o no corpo!
Sinto-o no coração!
Sinto-o na alma!
Mesmo assim, por vezes, sinto que tudo o que aceito nesta relação estranha de Intimidade à distância é resultado de falta de amor-próprio.
Como posso aceitar a distância, o Silêncio em que me escondes?
Como posso aceitar o ser constantemente ignorada?
Como posso aceitar a fuga constante do sentimento que nos conecta?
Como posso aceitar tudo isso em nome do Amor e continuar a acreditar no amor-próprio?
Será possível alguém que se ama verdadeiramente, aceitar tudo isto?
Tenho questionado tanto esta ideia do amor-próprio…
Afinal, não consigo questionar o Amor que nos une!
Resta o amor-próprio…
Todo este conceito empurra para o ego; é tão estranho ligar o Amor ao ego – pelo menos, conectar o Amor à ideia da propriedade, da individualidade, da separação!
O ego é importante para conseguirmos viver esta experiência terrena, visto assentar na adopção de um corpo, de uma mente, de uma personalidade, de um ego para evoluir de volta ao todo.
Amor-próprio indica o movimento para si… é o não julgamento de nós, de quem somos, da forma como nos comportamos, dos nossos desejos, das nossas vontades; é a Aceitação do ego!
E será que sou apenas o ego?
Quando fecho os olhos e respiro profundamente, será que sou apenas eu que ali estou?
Ou será que, quando fecho os olhos e respiro profundamente, estou a libertar-me do ego, logo estou a aceder ao todo que somos, sem separações?
Faz Sentido!
Pelo menos assim consigo explicar o porquê de aceitar tudo o que acontece entre nós, mesmo longe e em Silêncio.
As tuas qualidades, os teus defeitos, as tuas forças, as tuas fraquezas, os teus medos espelham as minhas qualidades, os meus defeitos, as minhas forças, as minhas fraquezas, os meus medos.
Curioso!
Isso quer dizer que quando me amo, amo-te.
Quando me aceito, aceito-te!
Então, isso quer dizer que o Amor incondicional e o amor-próprio são o mesmo?
São a jornada onde partilhamos o Amor que somos!

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