Para ti, escrevo!
Para ti, escrevo!

Por que motivo entraste na minha vida?

Esta questão empurrou-me para mais uma meditação…
Sabes, no fim, senti-me grata por esta dúvida e por outras, como esta.
Sinto que me levam para mais perto de mim mesma.
Tudo isto!
Esta separação…
Este silêncio…
Estas dúvidas…
Tudo o que acontece entre nós;
E tudo o que não acontece nesta nossa conexão tão rara e forte…
Tudo me aproxima mais de mim mesma!
Por isso, acredito que entraste na minha vida para me recordares do meu valor.
Acredito que entraste na minha vida para estimular o amor-próprio em mim.
Entraste na minha vida para despertar em mim a estima e o cuidado por mim mesma.
Reencontrar-te, nesta vida, foi um retorno a mim mesma!
Surgiste na fase que mais precisava de sentir esse carinho tão familiar, esse cuidado tão sincero, esse amor tão puro que nos uniu noutras vidas.
Recordo-me do dia em que me chamaste à consciência…
Estava preocupada com alguém, que tinha desconsiderado a nossa presença e tu, com o teu jeito brincalhão e objectivo, perguntaste “Por acaso, és mãe dela?” e, sem contemplação, pediste para pensar mais em mim e menos nos outros – “Cuida de ti, como cuidas dos outros”.
Acredita, seja o que for que venha a acontecer nas nossas vidas, sou profundamente grata por te ter reencontrado!
É verdade!
Sou grata por te ter reencontrado, pois foi um reencontro comigo mesma!
Entraste na minha vida para me ensinares a amar-me!
E como posso fazê-lo?
Sempre priorizei o amor pelos outros e o cuidado dos outros.
Para mim, essa era demonstração do amor-próprio.
Isso não faz qualquer sentido!
Percebi que amar-me corresponde a amar um ser composto por vários mundo; logo, amor-próprio é a energia que dedico a cada um desses mundos que me compõem.
O mundo que mais cuidei em mim foi o mental.
Acredito que foi essa a forma que encontrei para lidar com a minha sensibilidade exacerbada.
Ajudou-me trazer alguma racionalidade ao todo que sentia!
Essa ligação à mente levou-me a criar uma máscara (ou duas ou três…) que me mantivesse segura! A verdade é que me desligou completamente do meu corpo, do meu coração e da minha alma!
A mente transformou-se numa floresta densa; quanto mais procurava uma saída, mais me embrenhava no âmago da floresta.
Perdi-me!
Perdi-me de mim, durante anos!
Perdi-me da vida!
Muitas foram as oportunidades que deperdicei.
Muitos foram os abanões que levei; não havia meio de despertar.
Tu foste o meu despertador!
Apenas tu!!!
Era a tua função!
Pelo menos, na fase inicial do nosso reencontro – despertar-me de um sono profundo!
Acredito que essa era também a minha função – despertar-te dessa fase adormecida em que insistias em viver.
Pois muito bem!
Acordamos!!!
E agora? Que vamos fazer?
Amar?
Amar incondicionalmente quem somos…
Amar é aceitar sem julgamentos, sem críticas, sem comparações, sem competições!
Sim! Chegou a hora de amar!
Amar, apenas!

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