Sopro Divino
Sopro Divino

Quero ser feliz!

Tantas vezes já o disse!
Tantas outras já ouvi dizer!
Quero ser feliz!
Não sei porquê…
Ou talvez saiba! Enfim…
Esta frase faz cada vez menos Sentido!
Quero ser feliz?!!
Como assim?
Se quero ser feliz, então porque não sou?
E será que não sou?
O que é ser feliz”?
Felicidade
Uma palavra assustadora.
Durante anos acreditei que a Felicidade era apenas para alguns sortudos. Depois, convenci-me que a Felicidade era apenas para quem a merecia. E como não me sentia feliz, acreditei que não merecia ser feliz.
Mas, eu quero ser feliz!
Que palavrinha mais irritante!!!
Ai ego!!!
Vamos por partes: quero ser feliz quer dizer que não sou feliz, por isso quero. O que me leva a crer que querer está ligado à carência de algo, porque quero algo que não tenho. Para além disso, querer está também ligado ao futuro, a algo que eventualmente terei, um dia, quem sabe!
Querer é perigoso!
A carência unida à expectativa bloqueia o ser!
A verdade é que ao dizer algo tão simples como “Eu quero ser feliz!” bloqueia a Felicidade, porque o Foco está na carência de algo que espero ser.
Levei anos a entender que o eu é, por isso eu sou, isto é, na frase “eu quero ser feliz”, já preenchi duas palavras, o eu e o ser.
Fiz uma festa!
Duas em quatro é muito bom!!!
Mais uns anos levei a encaixar, na minha cabecinha dura, que o verbo querer é um verbo vazio, sem Sentido e castrador! Afinal, se é algo que eu reconheço e que faz Sentido para mim, então já existe em mim, logo querer para quê?
Que viagem!!!
Há uns anos atrás, recebi uma dádiva do Universo, sob a forma de uma epifania tão estranhamente natural na minha vida.
Num daqueles momentos em que rir magoa, sentir Leveza é encarado como um sinal de loucura…
Enfim, estivesse eu em casa, no trabalho, com amigos – fosse onde fosse – o mundo pesava-me as costas, não conseguia sentir-me bem, integrada.
Estava numa empresa com a qual não me identificava, arrastava-me todos os dias para sair de casa. Sentia-me a desiludir a família com tudo o que fazia, ou melhor, com tudo o que não fazia. Os amigos, aqueles amigos, já não faziam Sentido! Não me identificava comigo mesma!
E, mesmo assim, houve um momento, um cair em mim, que me mostrou o que é ser feliz!
Sou feliz!
Pensei durante segundos… sou feliz!
Esses segundos preencheram-me por dias! Ri, senti-me leve como uma pena e tudo o que não fazia Sentido para mim passou a fazer. Esse Sentido serviu de catalisador para ser diferente.
Ser feliz é ser grato por ser quem sou, como sou, com o que sou!
Vamos desejar ser diferentes, ter alguma coisa que não temos, fazer algo que ainda não fizemos… estar com alguém com quem ainda não estamos – tudo isto vai acontecer por toda a vida. A vida é um aprendizado, estamos em constante evolução, nada é definitivo, nem mesmo a vida! Por isso, é natural que esse aprendizado nos impulsione a mudar, a desejar, a Sonhar!
O segredo está em aceitar essa mudança constante sem julgar quem somos!
A Gratidão é aceitar, é não julgar!
Ser feliz é ser grato!
E de quem depende a Gratidão?
Dos outros? Das circunstâncias da vida?
A Gratidão depende de mim!
A Gratidão depende daquele eu, que lá atrás, tanto queria ser feliz!
Esse eu só queria ser feliz, porque era incapaz de ver que já o era!
Eu julgava-me menor; sentia-me menos que tantos outros eus…
E porquê?
Medo!
É mais fácil culpar as circunstâncias da vida, apontar à falta de sorte, de oportunidades, do que ser feliz, ser grata por todas as oportunidades e características que a vida me traz a cada segundo.
É preciso Coragem para assumir quem somos!
É preciso Coragem para receber o que a vida nos traz!
É preciso Coragem para agradecer de coração o todo maravilhoso que somos!
É preciso Coragem para ser feliz!
Por isso, aos seus lugares, preparado, partida!!!
Sê feliz!!!